Falar sobre sucessão para alguns pode ser muito doloroso, para outros, motivo de satisfação. A história de hoje iniciou em 21/12/2020 com falecimento do então suplente do Conselho Administrativo da Selita, Rogerio Fricks de Souza. Ele deixou uma filha, Paula Fricks. Em 2018, Paula concluiu o curso de Direito e casou-se no ano seguinte, já advogada, trabalhou como funcionaria, mas após a morte do pai voltou para zona rural e assumiu a responsabilidade que até então era o que garantira o sustento e o crescimento econômico e familiar.
O desafio era assustador. 2020 o mundo enfrentou uma pandemia que assolou o mundo, 2021 e 2022 o período de estiagem sevara detonou um sentimento de angustia e desespero e até vontade de desistir, muitas mortes no rebanho, pastagens extremamente secas causou queda significativa no volume de leite. O apoio do seu esposo Cristiano fez com que Paula não desistisse de dar continuidade a tudo que o pai construirá.
Em setembro do ano passado, parte da equipe técnica da Selita fez uma visita de orientação e manejo onde o principal ponto foi a dieta dos animais (foco aumentar o volume de leite), após este encontro Paula buscou informações que confirmassem a expectativa criada com a dieta a base de caroço de algodão, poupa cítrica, farelo de soja e fubá. O sucesso da dieta já ficou perceptivo logo nos primeiros 15 dias, no período de setembro a dezembro o volume de leite de sua responsabilidade saltou de 2.829 litros/mês para 6.646 litros/mês quase 235 % de aumento com menos 12 vacas no curral segundo relato da Paula. Janeiro promete chegar mais de 500 litros.
Isto só e possível para quem tem determinação e vontade de crescer e principalmente, acredita que é possível novas formas de manejo. “Confesso que de início quando chegou no curral já pensei: meu Deus, mais um problema? Já veio reclamar da quantidade de leite e criticar, aposto. Mas, para glória de Deus, eu estava totalmente errada e de lá para cá nossa parceria (SELITA) tem sido um verdadeiro sucesso” disse Paula.
